Você está entrando no Diário Gauche, um blog com as janelas abertas para o mar de incertezas do século 21.

Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quinta-feira, 1 de março de 2012

Presidenta Dilma determina punição a treze generais de pijama



O fato é inédito. A presidente Dilma Rousseff decidiu aplicar uma "repreensão" aos 98 militares da reserva que assinaram um novo manifesto reafirmando as críticas feitas a ela por não ter censurado suas ministras que pediram a revogação da Lei de Anistia.

No meio da tarde de ontem 
Dilma determinou ao ministro da Defesa, Celso Amorim, que os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica aplicassem a repreensão a todos os signatários do novo manifesto (o primeiro havia partido do Clube Militar), "nos limites do regulamento disciplinar". O texto diz também que não reconhece a autoridade do ministro Celso Amorim.

Conforme a lei 7.524, de 17 de julho de 1986, assinada pelo ex-presidente 
José Sarney, os militares da reserva podem se manifestar politicamente e não estão sujeitos a reprimendas.

O general de Exército da reserva, 
Gilberto Barbosa de Figueiredo, ex-comandante Militar da Amazônia e ex-presidente do Clube Militar, o único quatro estrelas a assinar a nota, até o início da noite de ontem não tinha sido comunicado da repreensão. Ele disse ao Estado que, se receber a repreensão vai consultar seu advogado para possivelmente recorrer da punição, que considera "inaceitável". "Se eles não dessem pelota pro fato, ele já tinha se encerrado. Mas não vou aceitar ser cerceado do meu direito de expressar minha opinião", afirmou.

presidente Dilma, ao tomar conhecimento que novo manifesto estava sendo publicado, desta vez com a assinatura de 98 militares, sendo 13 generais, determinou a Amorim que checasse qual a importância e influência de cada um dos assinaram a nota. Assim que recebeu a informação, avisou a Amorim que mandasse os comandantes repreender quem subscrevera o documento.

No meio da tarde, 
Amorim convocou os três comandantes do Exército, Enzo Peri, da Marinha, Moura Neto, e da Aeronáutica, Juniti Saito, determinando que aplicassem punição aos 98 signatários do documento, a fim de "cortar o mal pela raiz".

No novo "alerta à Nação", informado pela Folha de S.Paulo, intitulado 
Eles que venham, por aqui não passarão, os militares avisam que o Clube Militar "é uma associação civil, não subordinada a quem quer que seja, a não ser à sua diretoria". A informação é do Estadão de hoje.


Um comentário:

roberto gentil disse...

UTOPIA - DE THOMAS MORUS
LIVRO PRIMEIRO
"Um rei que provocasse o ódio e o desprezo dos cidadãos e cujo governo não pudesse se manter senão pelas vexações, pela pilhagem, pelo confisco e pela miséria universal, deveria descer do trono e depor o poder supremo. Empregando estes meios tirânicos, talvez pudesse conservar o nome de rei, mas de rei não teria mais nem o ânimo nem a majestade. A dignidade real não consiste em reinar sobre mendigos, mas sobre homens ricos e felizes.

Fabricius,(3) esta grande alma, estava todo penetrado desse sublime sentimento quando respondeu: Prefiro governar ricos do que eu mesmo ser rico. E, de fato, nadar em delícias, saciar-se de voluptuosidades em meio às dores e gemidos de um povo, não é manter um reino e sim uma cadeia.

(3) – Fabricius, general romano, cônsul em 282-275 A. C. Morreu tão pobre que o Estado foi forçado a fazer-lhe os funerais. "

Eu sou cidadão brasileiro e gostaria de perguntar ao cidadão que disse essa frase "Mas não vou aceitar ser cerceado do meu direito de expressar minha opinião", será que quando governou os militares talvez caberia bem a frase do texto acima supracitada "NÃO É MANTER UM REINO E SIM UMA CADEIA"

Contato com o blog Diário Gauche:

cfeil@ymail.com

Arquivo do Diário Gauche

Perfil do blogueiro:

Porto Alegre, RS, Brazil
Sociólogo